No coração de um Pai cabe tudo: sobretudo Amor.
Às vezes parece que continuamos a querer ver os Pais – o nosso e todos os outros – como um super-herói de capa e espada que nos segura a mão com firmeza e não larga, seja em que circunstância for.
Encantados com a perspetiva infantil de nunca crescer, vestimos a fantasia do protegido e, sem perceber, esquecemos o tamanho do coração do Pai nos gestos do dia-a-dia, na autoridade, no pragmatismo, nas coisas banais, no corriqueiro, na mecânica, no desporto, no recado que lhe delegamos, no trivial.
Lembramos com facilidade da voz grossa na advertência e do franzir de sobrolho na reprovação, mas esquecemos que foi a mesma voz que deu a palavra de incentivo ou a gargalhada de descompressão.
Da mesma forma, lembramos do abanão com o braço que nos empurrou para a vida, mas esquecemos da que foi o mesmo que nos puxou num abraço quando ela nos falhou. Só um coração grande pode suportar tamanha força e estrutura.
No Dia do Pai é o dia de nos lembrarmos disso… E de todas as outras coisas também!
Por outras palavras: feliz dia a todos os Pais!